terça-feira, 28 de julho de 2015

Viagem à União Soviética - Parte II

Publicamos agora o segundo texto da série que relata a viagem do bancário Asdrubal Assis à URSS. Assim como no texto anterior, está mantida a linguagem da época e a formatação do próprio Jornal do Bancário.

Jornal do Bancario, ano 3, Nº 4, 1962.


NA CAPITAL SOVIÉTICA

Asdrubal A. de Assis.

Ao saltarmos do avião um grupo de sindicalistas sovié-
ticos nos dá as boas vindas e noz conduz à sala de es-
pera do aeroporto, enquanto desembarcam nossa ba-
gagem. A comissão de recepção inclúe intérpretes de portu-
guês, que se põem à nossa disposição para os entendimentos
com os companheiros locais. Nosso grupo, composto de dife-
rentes categorias profissionais, será conduzido ao hotel por co-
merciários de Moscou que estão ali para nos acolher. Como
não temos "visto" soviético, deixamos nossos passaportes para
regularização e devolução posterior. Não passamos, porém, por
insepeção alfandegária.

sexta-feira, 24 de julho de 2015

Viagem à União Soviética - Parte I.

Irei publicar nesse Blog uma série de textos do bancário Asdrubal A. de Assis. O Sr. Asdrubal era militante do Sindicato dos Bancários de Pernambuco nos anos 60 e em 1962 viajou à União Soviética e ao Leste Europeu. Cronista de talento e observador atento, o Sr. Asdrubal relatou suas experiências em uma série de textos no Jornal do Bancário, órgão do sindicato no período. O responsável por esse blog está tendo acesso aos arquivos históricos do Sindicato e começará a socializar alguns textos que considera importantes para as questões da atualidade. 

Como última questão, é necessário frisar que a linguagem do texto é de acordo com a ortografia da época. Será notada várias diferenças em relação a forma atual como escrevemos, mas nada que inviabilize a leitura. 

Jornal do Bancario, ano 3, Nº 4, 1962.

 
RUMO A MOSCOU - ASDRUBAL A. DE ASSIS

A estação de passageiros do aeroporto de Copenhague preenche os requisitos de confôrto dos passageiros mais exigentes. Boas poltronas, bares, restaurantes, belas lojas que são uma verdadeira vitrine do país. O sortimento é mag-
nífico, Limito-me porém, a comprar postais e sêlos, usando a moeda de curso internacional: o dólar. Não há problema de câmbio. O trôco é dado na mesma moeda da compra. No bar servi-me de suco de laranja enlatado, de procedência
americana, pagando 35 centavos de dólar pela deliciosa be-
bida. Uns companheiros pretendem provar a cerveja dina-
marquesa. Advirto-os de que não devem fazer o cálculo
da despesa em cruzeiros, sob pena de perdemos o apetite...